
O Livro do Desassossego, um romance de Fernando Pessoa, mas “escrito” por Bernardo Soares um dos seus vários heterônimos. Que difere do pseudônimo, pois, o heterônimo constitui uma personalidade própria e por vezes diferente do “verdadeiro” escritor.
Sem uma narrativa tradicional o livro são fragmentos de pensamentos, escritos entre 1913 a 1935, avulsos, embaralhados e sem uma noção de tempo.
“O que temos aqui não é um livro mas sua subversão e negação” escreve o pesquisador Richard Zenith na introdução da edição que li no livro.
Mas suas páginas revelam o gênio de um autor no seu auge.
O livro deste mês era o de Mia Couto, “Terra Sonâmbula”, mas acabei de começar dezembro a ler Pessoa. Couto fica para janeiro.