
Desde os filósofos gregos antigos, que escreveram sobre a inveja, a Immanuel Kant, que descreveu a inveja como a “tendência a perceber com desprazer o bem dos outros”, passando por Aristóteles, Tomás de Aquino, Adam Smith, Schopenhauer ou Nietzsche, todos chegaram a uma conclusão semelhante: a inveja é um estado de espírito destrutivo e doente que prejudica não apenas o invejoso, mas aqueles a quem inveja.
Hoje em dia os políticos buscam transformar a inveja que é um vício pessoal em virtude, a manipular a tendência humana à inveja, em um meio muito eficaz de ganhar poder e controle sobre populações desprevenidas.
Um equívoco comum é confundir inveja com indignação. Aristóteles (Retórica), enfatiza a diferença entre os dois conceitos: “A pessoa indignada sente raiva da prosperidade daqueles que não a merecem e da inveja de todos.” ou “A indignação é sentida no bem-estar das pessoas más, enquanto a inveja é da felicidade das boas.”
As pessoas contemporâneas estão sujeitas a doses maciças de informações através das redes sociais, as pessoas podem ter opiniões sobre a felicidade daqueles que nunca conheceram ou grupos de pessoas às quais não pertencem; e, como resultado desses sentimentos, eles podem invejar.
Arthur Schopenhauer descreve a inveja em relação às qualidades pessoais: “Dirigido contra as qualidades pessoais é o mais insaciável e venenoso, porque o invejoso fica sem esperança; é também o tipo mais baixo de inveja, pois odeia o que deveria amar e respeitar”.
Todas pessoas ressentidas pela inveja são fisiologicamente distorcidas e alimentam o verme da inveja em seu íntimo, em muitos casos não se contentando apenas em deturpar a imagem do seu invejado, mas planejando derrubá-lo e destituí-lo da posição vista e entendida como superior. Como disse Nietzsche: “É uma pena ser feliz! Há muita miséria!”
Fontes e Imagens: Pensar contemporâneo