PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE, SINTRA

Imagem por Nana Pereira.

Sempre acordo cedo, dou uma olhada nos textos e nas fotografias que são publicados nas redes.

Ontem procurei o número de telefone de um amigo português diplomata, pianista clássico que trabalha na ópera de Cascais. 

Fizemos ótimas apresentações em Pirenópolis, Goiás, quando eu era Secretário de Cultura e ele adido cultural da embaixada de Portugal. 

Lembro-me de alguns inesquecíveis espetáculos: António Zambujo, o guitarrista portugues Pedro Jóia, e uma apresentação sua ao piano com um amigo a quatro mãos.

Quando cheguei ao Rossio, ainda estava cedo para o comboio que nos levaria. 

Como estávamos perto, nada melhor do que o pastel de nata do Castro com café expresso. Paguei 2,50€ com o maior prazer. Uma delícia!

Em Sintra fomos à Quinta da Regaleira para conhecer a torre invertida, que é uma torre dentro da terra, como um poço, com uma galeria de escadas que descem até o fundo, um lugar místico e misterioso.

Depois, fomos ao Palácio da Pena. 

Estávamos atrasados para a entrada da Naná, que tinha um horário marcado para o grupo guiado, enquanto a minha entrada era gratuita (domingo para português). 

Na confusão, se íamos de Uber (8€) ou autocarro, optamos pelo autocarro, eu pensei que poderia usar o cartão de transporte de Lisboa. 

Estava errado e ela acabou pagando quase 15€ pelo bilhete de ida e volta, além de chegarmos atrasados.

O Palácio da Pena e o seu grandioso jardim (85 hectares) são incríveis e imperdíveis. 

Valeu o sacrifício financeiro e as filas para entrar.

O palácio apresenta uma fusão evidente entre a influência mouro-cristã e a explosão multicolorida nas fachadas.

Dar uma volta completa pelas ameias do palácio-fortaleza, com vista para Lisboa e suas pontes, apesar do vento frio, foi um prazer maravilhoso.

Comer no bosque do palácio, já no final da tarde, foi o fecho perfeito. 

Hoje, como estava mais cansado do que o normal, voltei de comboio e fui dormir.

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(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.

ADOREI CACILHAS EM ALMADA

Imagem de Nana Pereira.

Após calcularmos o cansaço de uma viagem até Óbidos, que consumiria mais de 4 horas ida e volta, e considerarmos os custos envolvidos, chegamos à conclusão de que seria mais conveniente visitar Cacilhas.

Partindo do Cais do Sodré, cruzamos o Tejo em apenas 10 minutos e embarcamos em um pequeno autocarro da Carris, a utilizar o meu cartão especial para maiores de 65 anos, que cobre todas as despesas até 30 de abril, incluído nos 20 euros que paguei.

Logo percebi que meu telemóvel simplesmente pifou, mas felizmente, minha amiga gentilmente tirou as fotos.

Ao chegarmos ao Cristo Rei, desfrutamos da melhor vista de Lisboa e do rio Tejo e aproveitamos para almoçar. 

Com uma toalha estendida, saboreamos uma salada americana com atum, pão de fermento natural e queijo Camembert, acompanhados de vinho espumante. 

Como esquecemos os copos, improvisamos com a garrafa d’água e na do vinho e brindamos.

De volta a Cacilhas, ao explorar as ruelas da antiga Almada, nos deparamos com a Casa das Artes, um local com um ambiente incrível. 

Em seguida, encontramos o Cine Incrível e Nana, que conversou com o “porteiro” e fomos gentilmente convidados a entrar. 

Ficamos sabendo que em breve haveria um sarau de poesia e decidimos participar.

O sarau foi cativante, o evento começou com Hendel, que é músico, ator e poeta, seguido por uma poetisa e cantora de fado, cujo nome esqueci, e por Naná, que recitou poesias brasileiras. 

O “porteiro”, entusiasmado, não parou de explicar as atividades culturais do espaço, durante a pausa para café.

Enquanto desfrutamos do chá, café e biscoitos oferecidos, descobrimos que o “porteiro” era na verdade o presidente da Associação responsável pelo Cine Incrível, banda sinfônica e escola de música.

Para encerrar com chave de ouro, já em Lisboa, visitamos a incrível LX Factory, repleta de lojas, bares e restaurantes charmosos.

Por fim, voltamos a pé eu e de Bolt Nana, para nossas casas.

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(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.

ACOMPANHE MEUS GASTOS

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Os GASTOS totais do Andante e Digital, em Portugal na moeda euros, são as DESPESAS (Bens não duráveis) e os CUSTOS (Bens duráveis).

1) DESPESAS que faço no meu dia estão divididas em duas categorias:

1.1) Bens não duráveis, aqueles que consumo rapidamente, como sabonetes, produtos para limpeza da morada, ingredientes dos alimentos, entre outros;

1.2) Serviços que são geralmente realizados por terceiros, como transportes, acesso a internet, aluguer (aluguel)*, telemóvel.

Minhas despesas são a soma dos bens não duráveis e dos serviços, que as faço todos os meses e divididos pelo dias que foram feitas as despesas surge a despesa por dia.

2) CUSTOS que faço durante o ano tem uma categoria:

2.1) Bens duráveis aqueles que tem um desgaste com uso, mas duram muito tempo que podem chegar a décadas, como o meu canivete suíço, que meu pai me deu a mais de 40 anos.

Meus custos os faço por anos e não por mês e se tornam património do Andante, como exemplo, o aparelho do telemóvel, o computador portátil, as vestimentas, os óculos, entre outros.

Agora o detalhamento das despesas e dos custos por dia durante 30 dias entre Abril e Maio.

11/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber na morada – 9,68€ | Comer e Beber fora da morada – 6,85€
1.2) Serviços: Deslocar Uber – 13,84€
Total do dia – 30,37€ | Total acumulado – | Média em 1 dia – 30,37€

12/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber (na morada) – 10,00€ | Comer fora da morada – 18,13€
Total do dia – 28,13€ | Total acumulado – 58,50€ | Média em 2 dias – 29,25€

13/04
1) DESPESAS
Total do dia – 0,00€ | Total acumulado 58,50€ | Média em 3 dias – 19,50€

14/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber na morada – 16,00€
1.2) Serviços: Artes – 8,00€
Total do dia – 24,00€ | Total acumulado – 82,50€ | Média em 4 dias – 19,505€

15/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber na morada – 1,50€
1.2) Serviços: Deslocar – 16,00€
Total do dia – 17,50€ | Total acumulado – 100,00€ | Média em 5 dias – 17,505€
2) CUSTOS
2.1) Bens duráveis: Morar (moradia) bateria externa – 22,99€
Total do dia – 22,99€ | Total acumulado – 22,99€ .

16/04
1) DESPESAS
1.2) Serviços: Deslocar (passeios) – 20,00€
Total do dia – 20,00€ | Total acumulado – 120,00€ | Média em 6 dias – 20,00€

17/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber fora da morada – 4,95€ | Comer e Beber na morada – 17,60€
1.2) Serviços: Deslocar – 16,00€
Total do dia – 22,55€ | Total acumulado – 142,55€ | Média em 7 dias – 20,36€

18/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber fora da morada – 5,305€ | Comer e Beber na morada – 8,56€
Total do dia – 15,45€ | Total acumulado – 158,00€ | Média em 8 dias – 19,75€

19/04
1) DESPESAS
1.2) Serviços: Deslocar – 3,50€
Total do dia – 3,50€ | Total acumulado – 161,50€ | Média em 9 dias – 17,94€

20/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber na morada – 1,99€
Total do dia – 1,99€ | Total acumulado – 163,49€ | Média em 10 dias – 16,35€

21/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber Fora da morada – 3,70€
Total do dia – 3,70€ | Total acumulado – 167,19€ | Média em 11 dias – 15,20€
2) CUSTOS
2.1) Bens duráveis: Morar (vestuário) bota caminhada – 65,00€ | Morar (higiene) toalha – 8,90€ | Morar (vestuário) Calção banho – 6,90€
Total do dia – 80,80€ | Total acumulado – 103,79€ .

22/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber Na morada – 22,01€
1.2) Serviços: 0,00€
Total do dia – 22,01€ | Total acumulado – 191,10€ | Média em 12 dias – 15,93€

23/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber (fora da morada) – 2,80€
Total do dia – 2,80€ | Total acumulado – 193,90€ | Média em 13 dias – 14,92€
2) CUSTOS
2.1) Bens duráveis: Comer e Beber (na morada) garrafa d’água – 6,90€ | Morar (vestuário) boné – 4,90€.
Total do dia – 11,80€ | Total acumulado – 115,59€ .

24/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber (fora da morada) – 25,50€ | Comer e Beber (na morada) – 2,40€.
1.2) Serviços: Arte (museu) – 8,00€ | Arte (guia) – 2,00€.
Total do dia – 37,90€ | Total acumulado – 231,80€ | Média em 14 dias – 16,56€.

25/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber (fora da morada) – 8,70€
1.2) Serviços: Artes (museu) – 2,50€
Total do dia – 16,90€ | Total acumulado – 243,00€ | Média em 15 dias – 16,20€
2) CUSTOS
2.1) Bens duráveis: Morar (vestuário) casaco – 19,00€.
Total do dia – 19,00€ | Total acumulado – 134,59€.

26/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber (na morada) – 7,56€
Total do dia – 7,56€ | Total acumulado – 250,76€ | Média em 16 dias – 15,67€
2) CUSTOS
2.1) Bens duráveis: Morar (moradia) carregador telemóvel – 21,59€ | Morar (higiene) aparador de pelos – 17,99€.
Total do dia – 39,58€ | Total acumulado – 174,17€.

27/04
1) DESPESAS
Total do dia – 0,00€ | Total acumulado – 250,76€ | Média em 17 dias – 14,75€.

28/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber (fora da morada) – 2,50€
Total do dia – 2,50€ | Total acumulado – 253,26€ | Média em 18 dias – 14,07€

29/04
1) DESPESAS
1.1) Bens não duráveis: Comer e Beber (fora da morada) – 2,50€
Total do dia – 2,50€ | Total acumulado – 255,76€ | Média em 19 dias – 13,46€

ACTIVIDADES DOMÉSTICA, COMPRAS E CULTURA

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Ontem, passei a manhã inteira em casa realizando as tarefas domésticas. 

Lavei roupa e a estendi para secar no varal do lado de fora, fixando-a com molas (prendedores)* de roupas. 

Sempre que faço isso, aprecio vê-las balançando ao vento, voltadas para a rua.

Enquanto isso, trabalhei no meu computador portátil (notebook)* para limpar sua memória, repleta de fotos e contatos não utilizados, além de trabalhar nas minhas redes sociais.

Realizei uma limpeza geral no apartamento e cozinhei, o que para mim é relaxante. 

Decidi ir às compras de metro, ao passar por uma padaria de um pão com fermento natural, comprei meio e fatiado por 2,40€.

Como a minha barba está grande e deixei minha máquina de cortar cabelo com minha filha. 

Comprei uma por 17,99€, e também um carregador para a bateria externa do telemóvel (celular)*, por 21,59€.

Após as compras, embarquei em mais uma viagem de metro (metrô)* para desfrutar da cultura. 

Visitei a Casa dos Bicos, que hoje abriga a Fundação José Saramago, incluindo a biblioteca do escritor e uma exposição permanente sobre sua vida e obra. 

Sou um grande admirador dele e passei horas a ver vídeos de suas palestras sobre diversos temas, além disso, como tenho mais de 65 anos, entrei gratuitamente.

As cinzas de Saramago estão enterradas na frente da Casa dos Bicos, em pleno centro de Lisboa, perto de um zambujeiro, árvore que cresce espontaneamente na natureza e cujo frutos são as azeitonas. 

Em comparação com a oliveira, o zambujeiro pode ter aspecto de arbusto ou árvore e suas folhas e frutos são menores.

Passamos na Casa do Alentejo e fui eu fui para casa e lá, preparei o almoço de amanhã, pois estamos a planear ir a Óbitos.

Realmente, o transporte público em Portugal é incrivelmente acessível.

Pagar apenas 20€ por mês, com viagens ilimitadas, é surpreendente, especialmente considerando que inclui passeios em Sintra e Cascais.

Como estava muito cansado, acabei a desistir de trabalhar mais e fui dormir.

Uma boa noite.

Acompanhe as minhas despesas em 16 dias que estão em 250,76€  ou 15,67€ por dia. 

(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.

MAIS UMA VEZ A CASCAIS

Imagem por Nana Pereira.

A cada retorno a este lugar, meu amor por ele se intensifica, desmentindo uma das máximas de meu pai de que “uma vez em Cascais, nunca mais se vai embora”.

Mais uma vez em Cascais, acompanhado da minha amiga Nana, ao chegarmos em Cascais, mesmo sob um céu azul pontuado por nuvens, sentimos o vento gelado típico da região, lembrando-nos de que somos tropicanos. 

Decidimos ir à Decathlon, que fica um pouco distante da estação, para não perder tempo com compras. 

Dividimos um Bolt, eu gastei 3,90€ ida e volta. Enquanto minha amiga comprou uma calça, eu adquiri um corta-vento vermelho, reminiscente das cores da Benetton, por 19€.

De volta à estação, exploramos as ruas repletas de lojinhas de souvenirs, comida, roupas e toda sorte de bugigangas, onde turistas de todo o mundo se misturavam.

Fomos farofar na praia e em seguida, dirigimo-nos ao Centro Cultural de Cascais da Fundação D. Luís I, paguei 2,50€ (+65 anos). 

Lá, apreciamos as exposições da pintora Maria Luisa Ruiz Tagle, cuja arte contemporânea abordava temas como fotos modernas em preto e branco. 

Também nos encantamos com as fotografias da Companhia  Paulo Ribeiro, por Joaquim Leal, com aplicativo móvel, ganham vida, retratando a dança de maneira mágica.

A seguir, visitamos a Fortaleza Nossa Senhora da Cruz, datada de 1597 e conhecida como residência de verão do Presidente português. 

Lá, apreciamos duas exposições: uma do escultor Rogério Timóteo, com suas incríveis obras em bronze, e outra mais digital, que combinava o uso do Canva com inteligência artificial, de Lu Mourelle.

Depois, fomos conhecer o bairro de uma amiga da Nana, onde fizemos um lanche com croissant, água sem gás e café expresso, gastei 6,45€.

Retornamos a pé pela costa e nos deparamos com um penhasco repleto de escaladores, com as ondas do mar batendo violentamente contra ele.

Ao entardecer, voltamos e seguimos para o Chiado, cheio de gente a comemorar o 25 de Abril, e comi o melhor pastel de nata do mundo, polvilhado com canela, por apenas 1,5€, no Atelier do Castro.

E mais uma noite de sonhos tranquilos.

Acompanhe as minhas despesas, em 15 dias estão em 243,00€  ou 16,20€ por dia. 

ALFAMA, LISBOA

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Comecei o dia no Conservatório de Registos para ver a documentação da minha filha e depois marquei no Parque Eduardo VII, o maior parque de Lisboa (25 hectares), dos anos 50, com a Nana, minha amiga (de Pirenópolis) e professora de dança.

Fomos turistar – ela é uma ótima e organizada guia e boa andarilha, começamos no Mercado de Campo de Ourique, dividimos um pão lindo cabeu 2,4€ para cada . 

Fomos para o Museu Fernando Pessoa (5€), onde senti uma emoção única ao ver, tocar e ouvir os vários heterônimos de Pessoa, que cada um tem seu mapa astrológico feito pelo autor. 

Isso me fez lembrar do meu filho Dudu, também astrólogo.

Depois de mais uma caminhada, chegamos ao Jardim da Estrela, um velho conhecido meu, já que passo por ele todos os dias para ir ao metro (Rato).

Pegamos o elétrico para a Baixa-Chiado, passeando pela Rua Augusta, Praça do Comércio, Rua Cor de Rosa e o Mercado da Ribeira (Time Out). 

Depois fomos almoçar na rua e beber uma cerveja média (tulipa), mas valeu cada euro gasto (12,5€).

Nana nos inscreveu em um tour gratuito por Alfama, o famoso e popular bairro, começando na porta da Fundação José Saramago (3€). 

Mais uma vez, um deleite literário para mim, que sou fã de carteirinha. 

Lembrei-me de alguns dos livros que li, como “Viagens a Portugal” e os inesquecíveis e marcantes “Evangelho Segundo Jesus Cristo” e “Ensaio da Cegueira”.

O tour foi em espanhol e exigiu preparo físico, pois as ladeiras e escadas do bairro são intermináveis. 

A guia jovem, intelectual e politicamente engajada,  demos uma propina (gorjeta)* de 2€, sempre alegre no passeio até os miradouros de Alfama, onde provamos a ginjinha, um licor artesanal da fruta do mesmo nome, servido em um copo de chocolate (1,5€).

Apreciamos a vista de Lisboa dos miradouros Portas do Sol e de Santa Luzia.

De volta ao Chiado de elétrico, comemos dois bolinhos de bacalhau com vinho do Porto (11,5€), eu exausto fui dormir.

Alfama é tão especial que pretendo voltar lá para vivê-lo mais.

Até lá.

A despesa em 14 dias foi de 231,80€ (16,56€ por dia). 

(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.

LOJA DE CIDADÃO

Imagem por Carlos Pojo Rego

Ontem, passei mais uma madrugada agradável pelas ruas de Lisboa, buscando minha amiga Nana no aeroporto. 

Como saí de casa com pressa, não tomei café da manhã, mas comprei um lanche no Metro do Aeroporto: um croissant (€1,90), que, aliás, estava muito bom, e um café expresso (€0,90). 

Uma coisa que me chamou a atenção foi que, ao pagar com uma nota de €5, o troco saiu automaticamente em moedas por uma máquina.

Cheguei na hora certa, mas a fila na alfândega, como sempre, era interminável, e demorei duas horas para ver minha amiga descer, com a cara mais feliz do mundo, em solo lusitano.

Do aeroporto, pegamos o metrô até a rua Augusta e a Praça do Comércio, para ver o mar, ou melhor, o rio.

Depois, ela foi para uma aula de várias horas numa academia de dança. 

Que resistência! 

Com a viagem e a diferença de fusos horários, ela estava a mil por hora.

Eu voltei para casa e almocei meu prato predileto à italiana: espaguete ao molho de tomate e champignon.

Anteontem, tentei atualizar meus dados no site eportugal.pt: o telemóvel (celular)*, ou endereço em Portugal e o e-mail. 

Como não consegui, voltei à Loja do Cidadão, fui atendido rapidamente e consegui resolver tudo o que queria.

Ao sair da loja, procurei uma Decathlon no Google Maps e descobri que havia uma bem perto. Fui até lá e comprei uma garrafa de alumínio bem simples (€6,90) e um boné (4,90€)tipo basquete americano em promoção, a totalizar 11,90€.

Trocar a minha garrafa, que usava há alguns anos, pois descobri hoje que ela era pintada por dentro e a tinta estava saindo, o que representava um perigo de contaminação. 

Comprei essa garrafa no Brasil, da marca Nord, na Centauro, e tive que descartá-la.

Minha despesa mensal com bens não duráveis e serviços foi de €193,90

Resulta em uma despesa diária de 14,92€ ao longo de 13 dias. 

Isso inclui alimentação, limpeza, vestuário, higiene e medicamentos (bens não duráveis) e aluguel, manutenção, internet, água, eletricidade, streaming e livros digitais (serviços).

Cada vez mais português.

(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.

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ACTIVIDADES NA MORADA

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Ontem dei uma de velho gagá.

Fui ao aeroporto buscar a minha amiga que chegava do Brasil às 7 horas pela Azul, só que ela sai hoje e eu, na confusão, fui um dia antes.
Na volta do aeroporto, passei no grande mercado Continente, próximo da minha morada, e pude sentir a diferença de preço menor desse mercado em relação aos minimercados da minha rua.
Comprei queijo em fatias e ralado fresco, ricota de vaca, molho de tomate, pão artesanal, sumo de laranja, leite meio-gordo, iogurte estilo grego, cogumelo branco (300g), 6 ovos e até um vinho verde da Adega Coop Ponte da Barca. Por tudo isso, paguei 22,01€.

Para o almoço, preparei queijo com omelete a usar os 3 ovos que racharam ao deixar cair a caixa de seis unidades, acompanhado por um sumo (suco)* de laranja.
Depois, eu assisti às notícias de Portugal e do mundo pela CNN na televisão.

Hoje tem faxina, estender a roupa, e está um dia ensolarado, então adoro fazê-lo naquele varal à la Itália que tanto gosto.

Ontem lavei a roupa e ao pendurá-las no varal na sala, vi que faltavam molas (prendedores)* de roupa,fui à venda e comprei 24 unidades por 1,90€.

Levei o lixo para as latas da rua de cima e, além de cuidar da roupa, secá-la e pendurá-la nos cabides, fiz uma limpeza geral na cozinha e na casa.
Agendei nas redes sociais; sítio, Facebook, Instagram e Youtube a postagem para amanhã com o texto e as fotos.

Estou a trabalhar no meu Plano de Controlo de Despesas e Custos, já na sua terceira versão da ideia inicial dos 10€ por dia, que tinha apenas os bens não duráveis, eu resolvi incluir serviços e passa a 15€ por dia.

Amanhã, vou acordar às 5 horas da manhã para buscar a minha amiga, tomar café e sair às cinco e meia, caminhar 30 minutos até o metro (que abre às seis horas) no Paço do Rato, trocar de linha na estação Saldanha e ir até o cais terminal da estação Aeroporto, o que leva mais 40 minutos.

Estou começando a entender do metro de Lisboa.

Boa noite.

DESPESA MENSAL TOTAL – 191,10€
Despesa por dia – 15,93€ (12 dias)

(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.

SINTRA, O MONTE DA LUA

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Logo cedo, apanhei o metro no Paço do Rato (linha Amarela) e depois segui pela linha vermelha em direção ao aeroporto até a estação Oriente.

De lá, caminhei até a Decathlon, que fica a 1,5 km de distância, e comprei uma bota de trilha, já que meu único tênis está um pouco desgastado e escorregadio em dias de chuva. 

Como cheguei um pouco antes na loja, pedi um café expresso na cafetaria, que custou 0,80€.

Também adquiri um calção de banho e uma toalha de microfibras, então estou pronto para curtir a praia e fazer trilhas na montanha.

Gastei 6,90€ no calção de banho, 8,90€ na toalha de microfibras e 65,00€ na bota de trilha, total de 80,80€. 

Na hora de pagar, existem vários caixas automáticos, não existem mais caixas tradicionais com atendentes.

Refletindo sobre o livro de Domenico de Masi, “Uma Simples Revolução – trabalho, ócio e criatividade”, percebo como precisamos aprender a viver além do trabalho tradicional e das novas tecnologias.

Ao retornar para a estação Oriente, peguei o Comboios de Portugal (CP) para Sintra, utilizando meu cartão de passe, portanto não paguei tarifa.

Sintra, conhecida como o Monte da Lua, é um lugar mágico e misterioso, a UNESCO a classificou como Patrimônio da Humanidade.

Decidi fazer uma pequena escalada e subi a pé até o Palácio da Pena, passando pelo Castelo dos Mouros. 

São 2,4 km de subida por trilhas pavimentadas e algumas áreas arborizadas, sempre com uma vista deslumbrante.

Embora o acesso ao palácio seja gratuito para portugueses e residentes aos domingos, como combinei com uma amiga, optei por não entrar.

Na volta, peguei um ônibus público, sem custo adicional, pois meu cartão de passe também é válido em Sintra. 

Minha garrafa d’água estava vazia, então parei em um bar, onde pedi água e acabei não resistindo, gastei  2,90€, com um pastel de nata.

Retornei de comboio directo a casa, pois amanhã de manhã estarei no aeroporto para encontrar uma amiga que está a se tornar portuguesa.

DESPESA DO MÊS COM BENS NÃO DURÁVEIS – 105,85€
(alimentos, materiais de limpeza e higiene, medicamentos, etc.)

DESPESAS DO MÊS COM SERVIÇOS – 61,34€
(internet móvel, conteúdos multimédia, livro digital, plano saúde, etc.)

TOTAL DAS DESPESAS – 167,19€ – Gasto por dia 15,20€ (11 dias)

CUSTO COM BENS DURÁVEIS – 103,79€
(equipamentos, utensílios, etc.)

(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.

UMA VEZ A CASCAIS …

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Ontem fui a Cascais, a utilizar pela primeira vez os comboios (trens)* portugueses, não iria entrar no mar, só para matar a saudade de longe, já que não tenho a roupa adequada. 

Amanhã, vou comprar um calção de banho e uma toalha de praia.

Saí a pé de casa e fui até à estação de Santos, onde o comboio passa perto do cais do porto de Lisboa.

A estação não tem edifício, apenas uma plataforma descoberta, por isso usei o totem para passar o cartão-passe. 

Provavelmente, vão verificar novamente no comboio através de um funcionário.

Assim que me sentei no vagão, o cobrador veio com um dispositivo eletrônico para validar o meu bilhete.

Ao chegar a Cascais dei uma volta pelo centro cheio de mesas, restaurantes e lojas de souvenirs para turistas, sempre com as tradicionais pedras portuguesas nas calçadas.

Passei num mercado e comprei sumo (suco)* de laranja por 1,99€ e vi um enorme queijo camembert por 2,19€ ou R$12,15, muito barato mesmo.

Depois, fui ao museu da cidade e mais umas voltas à beira-mar, parei em uma praça para fazer o meu lanche, um sanduíche de queijo, sumo (suco)* de laranja e maçã. 

Voltei de comboio para a morada para almoçar minha comida favorita: espaguete ao sugo com queijo.

Após o almoço, procurei pela loja Decathlon para comprar o calção de banho, pois quero voltar a Cascais. 

Contrariando o ditado da minha infância, “uma vez em Cascais, nunca mais”.

Enquanto procurava a loja, começou a chover. 

Também estava a procurar o comboio para Sintra, onde planejo ir no domingo. 

Por coincidência, o comboio (trem)* estava na mesma estação Oriente onde eu tinha acabado de chegar, uma estação enorme.

Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas sem abrigo com colchões e cobertores enfileirados ao longo de um corredor da estação. uma outra realidade escancarou na minha cara.

Amanhã de manhã, quando for a Sintra, passarei na Decathlon para finalmente vestir um calção.

E tomar banho de mar …

DESPESA MÊS – 163,49€

(bens não duráveis e serviços)

Gasto por dia – 16,35 (10 dias)

CUSTO MÊS – 22,99€

(bens duráveis)

(*) – São palavras utilizadas no português falado no Brasil.